Nós trabalhamos juntos
Abaixo, uma estimativa de tempo que temos até apresentar a Quinta do Caranguejo como dissertação. Será um momento incrível onde aproximaremos academia, mercado e cultura.
Como surgiu essa ideia...
Escrever sobre a Quinta do Caranguejo é, para mim, uma jornada pessoal, marcada por uma história de afeto e encantamento. Desde criança, vi minha mãe se apaixonar por esse local cultural, onde ela se encontra todas as semanas (exceto quando não está de folga). Seu amor por esse pedacinho da nossa cidade me ensinou a olhar para a Quinta com os olhos de quem conhece suas raízes e celebra suas tradições.
Mas o que me encanta ainda mais é o movimento que a Quinta provoca, como uma força que entrelaça tantas pontas: os produtores, os consumidores que sentem o sabor da cultura em cada prato, os empresários do foodservice e claro, os funcionários que se tornam peças-chave nessa engrenagem. Ver tudo isso acontecer, de forma tão viva e vibrante, me dá uma sensação única de pertencimento.
E, talvez, o que mais me toca é saber que estou, de alguma forma, documentando um capítulo que ainda está sendo escrito. Muitas tradições começam sem que saibamos como, mas a Quinta do Caranguejo, com sua riqueza cultural e sua capacidade de movimentar corações, é uma história que ainda podemos desvelar. É um pedaço da nossa história que, ao ser contado, continuará a ecoar nas gerações futuras.
Caranguejo-uçá como socioeconomia...
Também conhecido como castanhão, caranguejo do mangue ou caranguejo-verdadeiro, o Ucides cordatus tem como casa os manguezais, que comumente abrigam espécies endêmicas de crustáceos decápodes como é o caso do caranguejo-uçá, como é denominado popularmente no Brasil, e consumido na tradição Quinta do Caranguejo. Essa espécie está entre os caranguejos de mangue mais consumidos e sustenta uma atividade socioeconômica ao longo de toda a extensão dos manguezais brasileiros, garantindo fonte de renda e segurança alimentar para as comunidades mais vulneráveis; sendo uma importante fonte econômica para as populações que vivem próximas aos manguezais. (CORDEIRO, 2022).
Comida como tradição...
Como disserta Costa (2019), comida não é só um elemento que se porta como meio fisiológico, um meio que sacia a fome; mas também como meio de expressão, narrativa social, indicador histórico, geográfico e social (MONTANARI, 2008). Neste projeto, propõe-se que a comida se porte como tradição, realizando uma análise sobre o fenômeno Quinta do Caranguejo como uma tradição inventada (HOBSBAWM, 1997) para os cidadãos da capital cearense.
Estudar a influência que a relação mercado e cultura exerce para a sociedade e suas práticas alimentares como uma narrativa social (SILVA, 2000) pode trazer análises sobre como a Quinta do Caranguejo exerce papéis: seja como um motor socioeconômico e como um patrimônio cultural imaterial fortalezense.
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